sábado, 21 de julho de 2007

«O Tempo das Cerejas»: A sinopse

Há beijos que não se esquecem. Podemos começar assim. Porque todas as histórias são histórias de amor. Mas podíamos também falar das três mulheres portuguesas (Amália, Anita e Teresa) e dos três homens (o francês Fabien, o italiano Julián e o catalão Carlos Ruiz). Aparentemente tão diferentes e tão distantes. Na idade, na sensibilidade, no país onde vivem. E, no entanto, cada um, à sua maneira, na sua cidade europeia, está perdido. No seu mundo, e no seu tempo. Todos procuram uma fuga. Porque há um momento na vida em que temos de matar algo em nós para podermos continuar vivos. Esse é o tempo das cerejas. Que chega com o sabor da tentação da Primavera e a promessa do Verão. As temperaturas sobem neste Portugal que se enche de música, com os festivais de Verão, onde todas as culturas se misturam. O horizonte da vida amplia-se com uma Europa em crise de identidade. Hoje, a intimidade encontra-se no café do bairro, no fado que sai das janelas para as ruas de Lisboa, numa esplanada numa cidade italiana, em Lecce, num cemitério de Paris ou num mundo inventado, numa ilha da Second Life. Porque o homem precisa de poder continuar a sonhar. Este é um livro de homenagem à família. A família de sangue e, numa renovada noção deste conceito, também a família de escolha, dos amigos que amamos, com quem construímos uma comunidade sustentada no afecto, onde é bem-vindo quem vier por bem.

1 comentário:

Fio de Conta disse...

Há livros que me escrevem, que me desenham...que poderiam ser meus, se tivesse o dom de passar para palavras aquilo que vivo e que sinto...passou-se com o tempo das cerejas...passou a ser sem dúvida um dos livros da minha vida...não sei bem o que dizer...mas obrigada por partilhar o seu dom connosco...recomendarei a todos.
Cristina Gil